quinta-feira, 31 de março de 2011

Dizem que sou louco.

Ah se tu soubesses desta flagelada vida
Que por ti vivo mareado de amores
Jamais farias constante a saudade devida
E menos ainda sua ausência em tristes clamores

Ah se tu amanhesses agora terno
Sorrateiro do meu lado junto ao leito
Saberias que sem tu tudo é inverno
Quando não estou abrigado sobre seu peito

Ah se tu entendesses do coração a escrita
Meu dascivo, doce e belo amante
Saberias que em meu corpo esta descrito
Suas carícias em jóias de negro diamante

Ah se tu agora pudesses ouvir os ventos
Que loucamente tempestuam meu coração
Verias que meus eróticos carinhos sangrentos
São orquestras de rosas em floração

Ah se teus olhos vissem meu desejo crescente
Entenderias os desvarios que vão em minh'alma
Saberias na dura carne o que se sente
ue nada dentro de mim sem você se acalma

Ah se agora conseguisses dentro de mim entrar
Perceberias gritar em meu ser sua excelência
Uma orgia e força que se faz adentrar
Nesta vida de natureza aguaste com insistência

Ah se eu tivesse a Hércules coragem
Te faria calar-se de encantos fogoso
Transformaria sua alta e longa miragem
Num eterno momento de frenesi e gozo.

Ao revés da vida

Arranha garganta sua ao desejo
Na ansiosa sede do gritar crescente
Pois em seus olhos negros vejo
Um doido e doce corpo inocente

Arranha minhas costas, coxas e alma
Por toda a sua casa latejando
Me sugando em você com calma
Ávido e indecente me desejando

Percorrendo o espaço, o tempo e a madrugada
Perturbado sem sono a me buscar
Com a alma em êxtase e drogada
Buscando assim até a lua ofuscar

O macio travesseiro inclinado sobre a cama
Me é de apoio quando enlouqueço
No frenesi dos corpos você me ama
Até nos revirarmos todo do avesso

onde a santidade e alento
No juntar dos corpos o talento
na essência um anjo de candura
Gemes,rosnas e gritas com bravura

Assim calo seus lábios bendito
Num beijo quase que infinito
sobre os gestos num sacramento
nos juramos amor no firmamento

E retesado em seu corpo celeste
desnudo o tudo que te veste
Retirando dos seus olhos o véu
Levando-te lentamente para o céu.

O amor que hei de viver

O amor que passeava por dentro de nós
Era muito mais que uma forte voz
Que ao todo, o nosso ser enterneceu
E como uma bomba o mundo extremeceu

Agora e muito tarde para que retornemos
E um do outro por momentos esquecemos
Pois já somos dois agora em comum
Na força do desejo nos tornamos apenas um

Onde a distancia jamais existira
Nada no mundo você de mim há de tirar
Quando sua excencia se fizer ausente
Seu amor comigo estará sempre presente

Na minha ausência chames ao infinito
Lance as palavras pelos seus lábios dito
Que o vento as leva e as arrasta
Na mais pura e inocência carta

Pois sua melhor parta estará sempre comigo
E o tudo do que pouco sou se eternizara contigo
Dos nossos seres que tão precisos se conhecem
E em tramas de carinhos sobre a vida tecem

Gestos e contornos numa única noite aos montes
Descobrindo em cada linha em você novos horizontes
Em fagulhas e chamas mais que criptantes
E se derramando em néctar gotejantes

E sempre que minha alma em seus olhos for passagem
Leia no texto de seu coração a nossa mensagem
Que de tão longa numa existência não finda
E como as tardes de verão que será sempre linda

Pois aos nossos sentimentos sempre serão enchente
Abundante como tempestades em torrente
Pelos canteiros onde deus semeou so flores
E seus anjos regaram com gotas de amores

Para que nada disto algum dia tenha fim
Pois conseguistes,  oh criatura! O melhor de mim
Sendo capaz de a vida se fazer em luz
Despregando minha solidão da eterna cruz


OBS( poesia baseada na musica de MAriah Carey e Brian McKnight “Whenever you call” =  sempre que você chamar )